Saudações, aprendizes! Abrindo a seção de resenhas, hoje lhes trago O Nome do Vento, o primeiro livro da trilogia A Crônica do Matador do Rei.
Blog pessoal do escritor Wagner Weite Thomé. Aqui você encontra contos, rascunhos, atualizações sobre os projetos do autor e quaisquer outras coisas aleatórias que podem passar pela cabeça dele...
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
domingo, 10 de janeiro de 2016
Na teia da mulher aranha
Roger havia chegado cedo ao
restaurante, mas sentia que estava valendo a pena. Era a primeira vez em dois
anos que saía de novo. Com uma mulher, ao menos.
Claro que passou a semana
toda tentando convencer seus amigos de que ela era real, não uma farsa.
Tentava, acima de tudo, convencer a si mesmo. Afinal, sempre há esse risco
quando se conhece alguém pela internet.
Deu o maior de todos os
sorrisos quando ela entrou. Ela era muito mais linda do que pela tela do
computador.
Sentiu-se com sorte.
Samanta reduziu a velocidade
e estacionou. Desligou o motor e ficou escutando a chuva.
Dez
minutos para as onze horas, era o que marcava o celular.
Quase na hora.
Tateou o isqueiro de Jonatas
no bolso. O noivo sempre havia fumado, mas perdia o isqueiro. Samanta sempre
carregava um reserva. Velhos hábitos não morriam.
Estava começando a ficar
nervosa.
Apagou os faróis, o que
reduziu drasticamente sua visão da rua. No entanto, tinha certeza de que
poderia ver o que precisava.
Abriu o porta luvas e pegou
um bloco de notas e uma caneta. Abriu-o para mais uma
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Diálogo Interplanetário
Num segundo, gritos. E então seu mundo girando ao redor, um turbilhão de cores e sons e cheiros e sabores, queimando enquanto congelava, como se experimentasse todas as sensações de sua vida de uma única vez.
Ou como se tudo estivesse sendo sugado de si.
Raquel abriu os olhos repentinamente, e deleitou-se naquele momento em que se acredita que o pesadelo acabou.
Até que o viu, ao pé de sua cama, observando-a.
O estranho.
Era alto. Não saberia dizer o quão alto. De certo modo a precisão lhe escapava. E magro, como uma versão distorcida de um corpo humano esticado. Era incapaz de focar o rosto, mas tinha a certeza de ser observada.
Vergonhoso. Uma doutora em exobiologia que não conseguia se concentrar na aparência de um ser
Ou como se tudo estivesse sendo sugado de si.
Raquel abriu os olhos repentinamente, e deleitou-se naquele momento em que se acredita que o pesadelo acabou.
Até que o viu, ao pé de sua cama, observando-a.
O estranho.
Era alto. Não saberia dizer o quão alto. De certo modo a precisão lhe escapava. E magro, como uma versão distorcida de um corpo humano esticado. Era incapaz de focar o rosto, mas tinha a certeza de ser observada.
Vergonhoso. Uma doutora em exobiologia que não conseguia se concentrar na aparência de um ser
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